Se você nunca viu Gladiador (2000), tá na hora de parar o scroll e se render a um clássico que fez até os marmanjos do início dos anos 2000 – e antes – chorarem no sofá com areia nos olhos e espada nas mãos. Russell Crowe, na pele de Maximus, virou meme antes de meme existir: um general virando escravo, depois gladiador, depois ícone. Tudo isso enquanto derrubava impérios com cara de quem não tomou café da manhã.

Em 202, Ridley Scott, com mais de 80 e aparentemente com energia de adolescente viciado em filmes de ação, resolve voltar ao Coliseu com Gladiador 2. A ideia? Dar sequência ao legado. A execução? Digamos que… o leão dessa vez mordeu com menos força. Tem suor, sangue, correria, uma razoável vingança e Pedro Pascal. A fotografia continua épica, o figurino acerta, e as cenas de ação são coreografadas como se fossem TikToks de guerra em 4K.
Tem até batalha naval dentro do Coliseu. Sim, você leu certo. Um “vamo fazer diferente?” que parece saído da cabeça de um roteirista que assistiu Velozes e Furiosos e desenhos demais.

Enquanto o primeiro filme misturava brutalidade, dor e honra como um bom prato romano (sem veneno, de preferência), o segundo exagera na tentativa de ser relevante. O roteiro dá voltas, os diálogos têm menos peso, tem gosto de fanfic de luxo, e no fundo bate uma nostalgia de quando tudo era resolvido com um “Meu nome é Gladiador…” e o silêncio mortal de um imperador com medo.

Vale a pena assistir os dois, não só por respeito à história do cinema. Mas porque Gladiador (2000) ainda é uma aula de como fazer um épico com alma, enquanto Gladiador 2 funciona como aquele trabalho em grupo que ficou bonito no slide, mas faltou conteúdo no oral.
E pra você, pequeno gafanhoto que acha que Roma é só nome de pizzaria: esses filmes te mostram que dá pra aprender História com sangue, areia, traições políticas, e frases de efeito.